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Lendas do folclore brasileiro são os ingredientes do novo livro da premiada Angela-Lago pela Melhoramentos
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Autora vale-se de personagens do folclore para apresentar mais um conto de encantamento. Aqui, o foco da escritora é o ambiente rural. |
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O que acontece quando ilustres personagens do folclore brasileiro se encontram? A resposta não poderia ser outra senão uma história deliciosa, cheia de mistérios e encantamentos. Em O Príncipe Jacu, infantil que chega às livrarias pela Editora Melhoramentos, a escritora, ilustradora e designer mineira, Angela-Lago, desenha um conto mágico que reúne os enigmas da Mula sem Cabeça, as travessuras do Saci-Pererê e o charme do Boto Cor-de-Rosa numa envolvente trama com final feliz.
“Gostei muito de inventar e desenhar essa história. Acho conto de encantamento um encantamento. Faz bem pra gente, nos enche de esperança e um pouco de mágica é fundamental, não é?” – brinca a autora.
A história
Em tempos de cibercultura e fusão homem-máquina, Angela-Lago nos faz pensar sobre uma outra fusão: a do homem com a natureza. Seu príncipe é um ser fantástico metade homem, metade pássaro. Usa chinelos de dedo e transita entre o rural e o urbano, o contemporâneo e o clássico, o fantástico e o realista. Uma fusão de vários tempos e lugares em um único ser, que se sente deslocado no mundo. Em sua jornada de autodescoberta, nosso herói encontra o Saci-Pererê e o Boto Cor-de-Rosa, ambos dispostos a ajudá-lo, mas que também precisam muito de sua ajuda.
A trama mostra as aventuras do humilde príncipe para desfazer o encantamento que o enfeitiçou e, de quebra, como ele encontrou uma bela moça, alegre e inteligente, com quem se casa.
Ilustrações e projeto gráfico
Tão simpáticas e graciosas quanto a história, as ilustrações conferem um charme especial à trama que, literalmente, transforma bicho do mato em príncipe encantado. A escritora ilustra a obra a partir de fotografias que redesenhou.
Ela não utiliza a foto em si, mas as recria e deixa, muitas vezes, seu traço aparente. As referências são fotos tiradas pela própria autora, em sua maioria em Minas Gerais, e que, com a sensibilidade característica de Angela-Lago, procuram retratar o mundo caipira, dos campesinos (exemplo disso são as fotos do rei e da rainha logo no início do livro), em contraste com grandes áreas urbanas.
O projeto gráfico do livro também não é casual. Assim como nos livros manuscritos, Angela-Lago opta, nesta obra, por deixar a
margem interna da obra menor e a externa, maior. Desta forma, acredita a autora, “poderemos dirigir o olha do jovem leitor para dentro do livro”. O objetivo de Angela é tentar rever, de alguma forma, o conceito do livro manuscrito.
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Sobre a autora
Angela-Lago nasceu em Belo Horizonte, em 1945. Escritora e ilustradora, produz livros para crianças desde 1980. Recebeu em diversas ocasiões o Prêmio Jabuti e o Prêmio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ, além de prêmios internacionais como Octogone de Aridose, Prêmio Iberoamericano de Ilustración e BIB Plaque. Pioneira em computadores e na internet, tem o site interativo www.angela-lago.com.br, com informações para professores e atividades para as crianças.
Sobre a Editora Melhoramentos
Há 123 anos a Melhoramentos ocupa posição de destaque nas diversas áreas em que atua. É referência no mercado de dicionários, com a linha Michaelis (português, inglês, espanhol, francês, italiano, alemão e japonês), que detém 35% das vendas nesse segmento. Para não perder a tradição, iniciada em 1915 – com a edição de O Patinho Feio –, de ser a principal editora infantojuvenil do país, a Melhoramentos tem entre seus autores nada menos que Ziraldo, com seus 152 títulos, um sucesso absoluto entre os jovens de todo o mundo e que bateu um recorde histórico: O Menino Maluquinho vendeu mais de 3 milhões de exemplares.
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